Urubici 2011

Até hoje todas as viagens e passeios postados nesse blog foram realizados de moto, mas como toda regra tem sua exceção, esta postagem é sobre a viagem que fizemos para Urubici de carro.

Fomos em uma turma de 5 pessoas: a Lilian, eu, o Oswaldo, a Ivone e o Marcelo. Todos amigos da nossa querida igreja.

A ideia inicial era irmos até Cambará do Sul no estado do Rio Grande do Sul, conhecer os cânions de Itaimbezinho, que foi indicado pelo nosso querido amigo Oswaldo.

Saímos de SP na madrugada de quarta feira e fomos rumo ao RS. Pegamos a BR 116 e logo de cara já enfrentamos o trânsito pesado saindo de SP. O que não imaginávamos é que esse trânsito nos perseguiria por quase todo o caminho. Por diversas vezes tivemos que desligar o carro (só para ter noção de como a estrada estava "parada"). E foi assim até Palhoça-SC. Passava de 15 horas quando resolvemos abortar a ideia de ir até o RS. Decidimos seguir até Urubici e conhecer outras maravilhas da natureza!

Fui uma vez para Urubici e quando da minha visita, percebi que era uma cidade extremamente pequena, por isso pensei que não teríamos problema com hospedagem. Grande engano, porém!!! A cidade estava completamente lotada, sem nenhuma vaga para dormirmos.   

Paramos em uma agência de turismo para pedir ajuda e prontamente seus proprietários passaram a ligar de pousada em pousada para nos arrumar um quarto e uma cama (quer dizer, 3 camas no mínimo, pois estávamos em 2 casais e o Marcelo, kkk). 

O casal da agência de turismo informou que a cidade tem 42 instalações (entre hotéis e pousadas), num total de 1500 leitos. E não tinha uma vaguinha sequer para nós, que chegamos a pedir para dormir ali mesmo, no chão da agência... Enfim arrumaram o que eles chamam de "pousada alternativa". Dá-se esse nome às casas de família que abrem suas portas para receberem turistas em épocas de grande movimento na cidade.

Eu, com o pessimismo que me é peculiar, já fui avisando a todos para se prepararem para o pior, pois pensei que dormiríamos numa espelunca suja e sem o mínimo conforto.

Procuramos a casa da dona Clara. Logo no começo da rua acaba o asfalto, só para reforçar o meu pensamento negativo. Porém, ao encontrarmos o número indicado, tivemos a primeira surpresa: A casa era muito bonita!!! E a dona Clara uma pessoa muito simpática e extremamente atenciosa. Entramos para conhecer os quartos e, mais do que óbvio, fechamos a hospedagem. 

Mais uma vez meu pensamento pessimista e eu tivemos que nos recolher em nossa pequena insignificância. Graças a Deus por isso! hehe

Saímos rapidamente para jantar. Comida boa, amigos maravilhosos, gargalhadas melhores ainda e o principal (pelo menos naquele momento): tínhamos onde descansar e dormir o sono do justos!!!

Passamos no mercado e compramos muita besteira para comer - muita mesmo! Compramos vinho e queijo também porque a Lilian tinha levado um filme e a dona Clara disse que a TV estava à nossa disposição. Doce ilusão... depois do banho ninguém durou muito tempo acordado... rs!

No dia seguinte acordamos e nos deliciamos com o café "super extra premium" preparado pela dona Clara (isso porque ela disse que foi pega de surpresa e foi tudo improvisado!!!). Partimos para conhecer o Morro da Igreja e a Pedra Furada. Enfrentamos uma senhora fila porque além de não poder subir muitos carros de vez, acho que todos os turistas da cidade estavam lá também... hehe! Mas o local tinha uma ótima organização e deu tudo certo, com um guarda controlando a entrada e a saída dos carros.

Que lugar lindo! Que paisagens pudemos conhecer!!! A estrada é cercada por uma vegetação exuberante e fica difícil tentar descrever (vocês verão nas fotos abaixo).

Depois conhecemos a cachoeira Véu da Noiva e em seguida descemos pela Serra do Corvo Branco. Para mim, descer esta Serra foi a concretização de mais um sonho, pois já ouvi muita coisa a respeito e pude confirmar tudo, inclusive!

Já noite, subimos a Serra do Rio do Rastro. Mais uma maravilha com aquela iluminação super especial!

Me lembrei da nossa primeira grande viagem de moto que foi para lá (Veja aqui).E cada detalhe que me vinha à memória me emocionava bastante...

Voltamos a São Paulo com a certeza de que viajar realmente é uma das melhores coisas da vida! Viajar com amigos, então, nem se fala!!!

Só um parêntese agora: sempre que víamos uma galera de moto, dava aquela vontade...  A Lilian não podia ver uma V-Strom que dizia "Olha aí a danada!!!"... hehe. Realmente são prazeres totalmente diferentes. Viajar de moto é uma coisa muito singular. A gente sente falta. Parece que quer "sofrer" um pouquinho...rs Parece, inclusive, que a paisagem é diferente... não sei explicar!

Mas que essa viagem vai ficar marcada em meu coração pela companhia, pelas risadas e pelo carinho desses meus amigos, pode apostar!

Só preciso agora convencê-los a viajar comigo e com a Lilian de moto. Aí toda emoção será em dobro!!!

Abraços!