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Continuar ou desistir?

Bom dia meus queridos!!!

Há alguns meses atrás a Lilian foi fazer um curso na avenida Paulista e aproveitou a carona e foi e voltou comigo de moto. Sentiu na pele o que é andar de moto na cidade de São Paulo no meio do trânsito pesado, tomando fechadas de motoristas de carros e de motoboys.

Quando chegamos me pediu pra nunca mais vir trabalhar de moto. Senti sua preocupação e fiquei preocupado também. Decidimos então que venderíamos a moto que uso no dia a dia e compraria um carro. Até cheguei ver alguns carros mas a idéia foi jogada ao esquecimento e por lá ficou.

Na quinta feira passada recebemos a noticia que o meu cunhado o Jeferson, irmão da Lilian sofrera uma acidente. Estava bem, mas havia seguido para o hospital. No mesmo instante saímos de casa para ter noticias dele no hospital.

Graças a misericórdia de Deus ele está bem, teve uma fratura exposta no ombro, bem com alguns arranhões e um corte no queixo. Teve que passar pelo inconveniente de uma cirurgia e corre o risco de ter que passar por outra. Terá que passar por um longo período de recuperação. Mas graças a Deus está bem.

Não é de hoje que ouvimos falar em acidentes de moto, a pouco tempo atrás perdi um amigo (Eli do Lago) em um acidente. Confesso que todas as vezes que ouço falar em casos assim repenso o “andar de moto”.

Pode soar totalmente tendencioso o que vou dizer mas existe uma diferença muito grande em usar a motocicleta para o uso diário e para o uso em viagens.

Usei a motocicleta para o transporte ao trabalho durante 5 anos de minha vida, todos os dias. Durante esse período tive dois acidentes sem gravidade graças a Deus. Um a culpa foi  minha e a outra a culpa foi de um motorista que me fechou.

Fui e voltei pra o Chile, rodando quase 9 mil quilômetros e em nenhum momento passamos por um aperto ou por uma situação de nos sentirmos ameaçados. Rodamos quase que todo final de semana por estradas e graças a Deus nunca tivemos nenhum inconveniente. Corremos algum risco fazendo viagens de moto? Claro que corremos, como também corremos riscos estando de carro, a pé, de bicicleta entre outros.

A nossa  relação com o motociclismo é de uma coisa que só eu e a Lilian entendemos. Quem tem esse mesmo sentimento sabe do que estou falando. A nossa relação é de respeito e medo. Esse medo me controla e me lembra todos os dias os cuidados que tenho que tomar e que não devo abusar da sorte. Nós motociclistas, motoristas e pedestres não podemos contar com a sorte.

Como não me sinto mais seguro pra vir todos os dias de moto, tomamos uma decisão. Vamos comprar um carro pra eu vir trabalhar, venderei a Yes 125, mas continuaremos com a Vstrom para os nossos passeios e viagens.

Continuaremos a experimentar esse maravilhoso mundo das duas rodas.

Abraços

3 comentários:

  1. Não sei bem o que você esta pensando , mas não vai fazer muita diferença você andar de moto nos finais de semana e continuar a fazer o que você já faz quando vai trabalhar de moto , sobre o perigo ele existe sempre , a paixão é que vai fazer estar sempre sobre ela, e cair é normal , ele sempre esta nos rondando , quando você esta na rodovia dos Bandeirantes a 150 por hora o termpo todo passando entre os carros , se um deles triscar em você , esquece , vai sobrar só um montinho para contar a história , por isto pense bem antes de vender sua motoca , não vai fazer diferença , moto é paixão é saber que em cada reta e curva estamos sugeitos a queda , entre a vida e a morte , DEUS é quem sabe.

    Abs!!!

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  2. Fala Edu!!!

    Fico feliz de saber que o medo te limita a nao abusar da sorte. Vejo diariamente tbm acidentes envolvendo motos e noticias desse tipos ( com motoqueiros aqui da empresa ). Nao sou sei pai e nem sua mae, mas me preoculpo com as pessoas que amo, e vc e a Lilian estao entre elas. Que Deus Continue a abençora vcs sempre.

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  3. Pois é amigo
    A única certeza que se tem qdo se anda de moto é que vc vai cair um dia...O importante é estar equipado...
    Sempre fui mto prudente, pois ando na cidade (SP) e na estrada. Há pouco mais de um mês o pneu da minha moto estourou na Bandeirantes a 120 km/h e eu tava sem jaqueta e luvas, pela primeira (e ultima) vez na minha vida. Olha o estrago no meu blog http://expedicaoaventuraatacama.blogspot.com/
    Nem penso em parar...só penso em um pneu novo e que minha fratura melhore logo...
    Abç
    Rogério

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